Para mim o começo do ano coincide sempre com uma escapadinha a qualquer lado. Este ano peguei no carro e decidi ir fazer um mini tour por terras espanholas, para sobretudo visitar amigos e claro, comer.
Comecei por Huelva onde o Alberto abriu há cerca de 2 meses a pastelaria
La Grosera, se andarem pelo Algarve atravessem a fronteira porque vale a pena a visita. Fica mesmo no centro da cidade e além de muffins, croissants e bolos à fatia também se podem deliciar com as bebidas. A minha sugestão: peçam a tarte banoffee acompanhada de um chai.
No dia que cheguei o Alberto sentou-me a um canto e “obrigou-me” a provar várias coisas. É daqueles sacrifícios que se têm de fazer em nome da amizade 😉 Mas no dia seguinte não me deixou ir embora sem lhe ensinar a fazer os nossos pasteis de nata. Tenho a certeza que vão fazer sucesso entre os espanhóis!
Antes de seguir caminho ainda deu tempo de apreciar este pôr do sol no passeio marítimo novo, mesmo ao lado onde enfardei quase 1 kg de choco frito, prato típico da cidade.
Próxima paragem: a minha Sevilha. Digo minha, porque como vivi lá 3 anos (enquanto estudava pastelaria) sinto-me em casa. A foto da esquerda foi tirada da ponte que eu atravessava todos os dias para ir para a escola e podem ver Triana na margem direita, o bairro onde eu morava. A outra foto é de um monumento novo que ainda não conhecia, ao qual chamam “setas” (cogumelos) mas a mim fez-me lembrar batatas fritas quadriculadas…
Aqui visitei o Manuel (
Manu Jara) que foi o meu professor de pastelaria e hoje tem 3 pastelarias na cidade. Se forem a Sevilha não deixem de visitar.
A meio caminho entre Sevilha e o meu destino final estava Córdoba que apesar de ter estado tanto tempo tão perto, não cheguei a visitar. Um passeio típico pela parte velha da cidade e a visita ao novo mercado foram obrigatórios. Para comer atirei-me a uma pratalhada de batatas com “huevos rotos” e presunto.
Por fim cheguei a Fuencaliente, uma aldeia no meio da serra onde vivem a Tere e o Javi e onde os pais da Tere têm um hotel. Aproveitei para aprender a fazer migas (como podem ver pela quantidade os espanhóis também são como nós, um bocado exagerados). Quando vivi em Sevilha, dividia casa com a Tere (e mais outra colega, a Alicia) e o pai dela levava-nos muitas vezes migas para comermos e eu adorava. Finalmente vou poder fazê-las em casa!
A Tere e o Javi também têm um negócio de pastelaria, mais orientado para catering que se chama Top Sucre, também aqui fui encurralada e “forçada” a provar todas as sobremesas que eles fazem. Tendo em conta que são tão boas como parecem, imaginem lá o meu sofrimento! Estas sobremesas são à base de mousses com texturas dentro e os sabores são os mais variados: 3 chocolates, caramelo e amendoim, mojito, maçã e especiarias, violeta e chocolate branco, limão e coco, cheesecake e framboesa… digam lá que não ficaram com vontade de provar todas como eu!
Agora que estou já de volta a casa fiquei a pensar, há algum doce espanhol que vocês gostassem de aprender a fazer?